Quinta-feira, 27 de Novembro de 2008
Canta, canta, canta, canta...

                      "Quem canta, seus males espanta."

 

                                              Ditado popular

publicado por musicacomacento às 11:48
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trava-línguas e lengalengas. E porque não?

Por vezes, queremos trabalhar a componente musical, mas sentimo-nos bloqueados, afónicos, ou simplesmente queremos dar um carácter diferente à actividade.

Para isso, temos as lengalengas,  que podem ser trabalhadas do ponto de vista musical (ritmo, pulsação, dinâmica) como língua portuguesa, estudo do meio e até mesmo matemática.

Fui buscar ao "album de recordações" da memória uma lengalenga que muitos se recordarão e que achei interessante para trabalhar:

 

                          O tempo

"O tempo perguntou ao tempo

quanto tempo o tempo tem.

O tempo respondeu ao tempo

que o tempo tem tanto tempo

quanto o tempo, tempo tem"

 

Até dá para dançar. Experimentem isto com uma valsa.

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publicado por musicacomacento às 11:43
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"Trovoada, chuva e vento - uma tempestade na voz e no corpo"

Como o frio parece ter vindo para ficar, escolhi a presente actividade por estar ligada ao tempo em que estamos e por ser do agrado das crianças pelo efeito final e por poder ser levada na brincadeira, tirando partido de todas as aprendizagens que ela encerra.

 

Divide-se a turma em três grupos. O primeiro fica encarregue de imitar o vento com a voz ou com os braços, fazendo-os deslizar em cima da mesa. Se estiverem com blusões de matéria tipo plastificada (anorakes) melhor será o efeito.

O segundo grupo ficará a fazer a chuva. Para este grupo, é preferível o maior número de crianças. Baterão com as pontas dos dedos em cima da mesa como se estivessem a tocar piano ou a teclar no computador. Por fim, o último grupo,que ao contrário do anterior terá que ser o menor número possível de alunos, ficará encarregue de fazer o som do trovão, batendo com os pés no chão.

 

Pode-se criar uma história em que os protagonistas são as próprias crianças, e os alunos vão fazendo os sons que lhes foram incumbidos à medida que a professora for-lhes dando indicações.

 

Se for possível proceder à gravação áudio, tanto melhor para que no final os alunos possam ouvir o resultado do seu trabalho.

 

Agasalhem-se que vem aí tempestade!!

publicado por musicacomacento às 11:30
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Um livro para ler e meditar

Deixo como sugestão um livro que não é muito recente, mas cujo tema é bastante actual e por vezes controverso:

 

Porcher, Louis; Educação Artística - luxo ou necessidade?; Summus editorial; São Paulo; s/d.

publicado por musicacomacento às 11:27
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as horas de "boa vida" dos professores

Após um anónimo se ter insurgido contra os professores e da "boa vida" que levam, um professor resolveu publicar em carta as horas de trabalho da maioria deles e o resultado foi o seguinte que transcrevo na íntegra como o recebi. É um texto um pouco comprido, mas vale a pena ler até ao fim:

 

 

Resposta ao
Caríssimo que veio aos jornais INDIGNAR-SE contra os professores.Tal
demonstra bem como os profs trabalham tanto e "nem se dá por ela". Caro
anónimo indignado com a indignação dos professores, Homens (e as mulheres)
não se medem aos palmos, medem-se, entre outras coisas, por aquilo que
afirmam, isto é, por saberem ou não saberem o que dizem e do que falam.
O caro anónimo mostra-se indignado (apesar de não aceitar que os professores
também se possam indignar! Dualidade de critérios deste nosso estimado
anónimo... Mas passemos à frente) com o excesso de descanso dos professores:
afirma que descansamos no Natal, no Carnaval, na Páscoa e no Verão, (esqueceu-
se de mencionar que também descansamos aos fins-de-semana). E o nosso prezado
anónimo insurge-se veementemente contra tão desmesurada dose de descanso de
que os professores usufruem e de que, ao que parece, ninguém mais usufrui.
 Ora vamos lá ver se o nosso atento e sagaz anónimo tem razão. Vai perdoar-
me, mas, nestas coisas, só lá vamos com contas. O horário semanal de
trabalho do professor é 35 horas. Dessas trinta e cinco, 11 horas (em alguns
casos até são apenas dez) são destinadas ao seu trabalho individual, que cada
um gere como entende. As outras 24 horas são passadas na escola, a leccionar,
a dar apoio, em reuniões, em aulas de substituição, em funções de direcção de
turma, de> coordenação pedagógica, etc., etc. Bom, centremo-nos naquelas
11 horas que estão destinadas ao trabalho que é realizado pelo professor fora
da escola (já que na escola não há quaisquer condições de o realizar):
preparação de aulas, elaboração de testes, correcção de testes, correcção de
trabalhos de casa, correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo,
investigação e formação contínua. Agora, vamos imaginar que um professor, a
quem podemos passar a chamar de Simplício, tem 5 turmas, 3 níveis de ensino, e
que cada turma tem 25 alunos (há casos de professores com mais turma mais
alunos e mais níveis de ensino e há casos com menos - ficamos por uma situação
média, se não se importar). Para sabermos o quanto este professor trabalha ou
descansa, temos de contar as suas horas de trabalho. Vamos lá, então,
contar: 1. Preparação de aulas: considerando que tem duas vezes por
semana cada uma dessas turmas e que tem três níveis diferentes de ensino, o
professor Simplício precisa de preparar, no mínimo, 6 aulas por semana (estou
a considerar, hipoteticamente, que as turmas do mesmo nível são exactamente
iguais -- o que não acontece -- e que, por isso, quando prepara para uma turma
também já está a preparar para a outra turma do> mesmo nível). Vamos considerar
que a preparação de cada aula demora 1 hora. Significa que, por semana,
despende 6 horas para esse trabalho. Se o período tiver 14 semanas, como é o
caso do 1.º período do presente ano lectivo, o professor gasta um total de 84
horas nesta tarefa. 2. Elaboração de testes: imaginemos que o prof.
Simplício realiza, por período, dois testes em cada turma. Significa que tem
de elaborar dez testes. Vamos imaginar que ele consegue gastar apenas 1 hora
para preparar, escrever e fotocopiar o teste (estou a ser muito poupado,
acredite), quer dizer que consome, num período, 10 horas neste trabalho.
 3. Correcção de testes: o prof. Simplício tem, como vimos, 125 alunos, isto
implica que ele corrige, por período, 250 testes. Vamos imaginar que ele
consegue corrigir cada teste em 25 minutos (o que, em muitas disciplinas,
seria um milagre, mas vamos admitir que sim, que é possível corrigir em tão
pouco tempo), demora mais de 104 horas paraconseguir corrigir todos os
testes, durante um período. 4. Correcção de trabalhos de casa:
consideremos que o prof. Simplício só manda realizar trabalhos para casa uma
vez por semana e que corrige cada um em 10 minutos. No total são mais de 20
horas (isto é, 125 alunos x 10 minutos) por semana. Como o período tem 14
semanas, temos um resultado final de mais de 280 horas. 5. Correcção de
trabalhos individuais e/ou de grupo: vamos pensar que o prof. Simplício manda
realizar apenas um trabalho de grupo, por período, e que cada grupo é composto
por 3 alunos; terá de corrigir cerca de 41 trabalhos. Vamos também imaginar
que demora apenas 1 hora a corrigir cada um deles (os meus colegas até
gargalham, ao verem estes números tão minguados), dá um total de 41 horas.
 6. Investigação: consideremos que o professor dedica apenas 2 horas por
semana a investigar, dá, no período, 28 horas (2h x 14 semanas). 7.
Acções de formação contínua: para não atrapalhar as contas, nem vou considerar
este tempo. Vamos, então, somar isto tudo:
84h+10h+104h+280h+41h+28h=547 horas. Multipliquemos, agora, as 11horas
semanais que o professor tem para estes trabalhos pelas 14 semanas do período:
11hx14= 154 horas. Ora 547h-154h=393 horas. Significa isto que o professor
trabalhou, no período, 393 horas a mais do que aquelas que lhe tinham sido
destinadas para o efeito. Vamos ver, de seguida, quantos dias úteis de
descanso tem o professor no Natal. No próximo Natal, por exemplo, as
aulas terminam no dia 18 de Dezembro. Os dias 19, 22 e 23 serão para realizar
Conselhos de Turma, portanto, terá descanso nos seguintes dias úteis: 24, 26,
29 30 e 31 de Dezembro e dia 2 de Janeiro. Total de 6 dias úteis. Ora 6 dias
vezes 7 horas de trabalho por dia dá 42 horas. Então, vamos subtrair às 393
horas a mais que o professor trabalhou as 42 horas de descanso que teve no
Natal, ficam a sobrar 351 horas. Quer dizer, o professor trabalhou a mais 351
horas!! Isto em dias de trabalho, de 7 horas diárias, corresponde a 50 dias!!!
O professor Simplício tem um crédito sobre o Estado de 50 dias de trabalho.
Por outras palavras, o Estado tem um calote de 50 dias para com o prof.
Simplício. Pois é, não parecia, pois não, caro anónimo? Mas é isso que o
Estado deve, em média, a cada professor no final de cada período escolar.
 Ora, como o Estado somos todos nós, onde se inclui, naturalmente, o nosso
prezado anónimo, (pressupondo que, como nós, tem os impostos em dia) significa
que o estimado anónimo, afinal, está em dívida para com o prof. Simplício. E
ao contrário daquilo que o nosso simpático anónimo afirmava, os professores
não descansam muito, descansam pouco! Veja lá os trabalhos que arranjou:
sai daqui a dever dinheiro a um professor. Mas, não se incomode, pode ser que
um dia se encontrem e, nessa altura, o amigo paga o que deve.

 

 

publicado por musicacomacento às 11:26
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kidshow na Exposalão - evento para crianças e educadores

Começa hoje e acaba no domingo 30 de Novembro a Kidshow, na exposalão, Batalha destinada a crianças e educadores.

Feira temática com actividades abertas a pais e filhos, aulas abertas, demonstrações de actividades, workshops, entre outros.

Deixo o link de acesso para poder consultar o programa:

 

http://www.exposalao.pt/index.php?page=int&pageid=2&subpage=0&fid=23&ano=

 

publicado por musicacomacento às 11:10
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1 de Dezembro, Dia da Restauração da Independência

Comemora-se no dia 1 de Dezembro em Portugal o Dia da Restauração da Independência. Para quem não conhece a história que deu origem a este feriado, aqui vai:

D. Sebastião, um rei jovem e aventureiro, habituado a ouvir as façanhas das cruzadas e histórias de conquistas além mar, quis conquistar o Norte de África em sua luta contra os mouros. Na batalha de Alcácer Quibir no Norte de África, os portugueses foram derrotados e D. Sebastião desapareceu. E os guerreiros diziam cada um a sua historia. O desaparecimento de D. Sebastião (1557-1578) na batalha de Alcácer-Quibir, apesar da sucessão do Cardeal D. Henrique (1578-1580), deu origem a uma crise dinástica.

Nas Cortes de Tomar de 1581, Filipe II de Espanha é aclamado rei, jurando os foros, privilégios e mais franquias do Reino de Portugal. Durante seis décadas Portugal ficou privado de rei natural, sob o que se tem designado por "domínio filipino".

Com o primeiro dos Filipes (I de Portugal, II de Espanha), não foi atingida de forma grave a autonomia política e administrativa do Reino de Portugal. Com Filipe III de Espanha, porém, começam os actos de desrespeito ao juramento de Filipe II em Tomar. Em 1610, surgiu um primeiro sinal de revolta portuguesa contra o centralismo castelhano, na recusa dos regimentos de Lisboa a obedecer ao marquês San-Germano que de Madrid fora enviado para comandar um exército português.

No início do reinado de Filipe III, ao estabelecer-se em Madrid a política centralista do Conde-duque de Olivares, o seu projecto visava a anulação da autonomia portuguesa, absorvendo por completo o reino de Portugal. Na Instrucción sobre el gobierno de España, que o Conde-Duque de Olivares apresentou ao rei Filipe IV, em 1625, tratava-se do planeamento e da execução da fase final da sua absorção, indicando três caminhos:

  • 1º - Realizar uma cuidadosa política de casamentos, para confundir e unificar os vassalos de Portugal e de Espanha;
  • 2º - Ir o rei Filipe IV fazer corte temporária em Lisboa;
  • 3º - Abandonar definitivamente a letra e o espírito dos capítulos das Cortes de Tomar (1581), que colocava na dependência do Governo autónomo de Portugal os portugueses admitidos nos cargos militares e administrativos do Reino e do Ultramar (Oriente, África e Brasil), passando estes a ser Vice-reis, Embaixadores e oficiais palatinos de Espanha.

A política de casamentos seria talvez a mais difícil de concretizar, conseguindo-se ainda assim o casamento de Dona Luísa de Gusmão com o Duque de Bragança, a pensar que dele sairiam frutos de confusão e de unificação entre Portugal e Espanha. O resultado veio a ser bem o contrário.

A reacção à política fiscal de Filipe IV vai tomar a dianteira no processo que conduz à Restauração de 1640. Logo em 1628, surge no Porto o " Motim das Maçarocas", contra o imposto do linho fiado. Mas vão ser as " Alterações de Évora", em Agosto de 1637, a abrir definitivamente o caminho à Revolução.

Nas "Alterações de Évora", o povo da cidade deixava de obedecer aos fidalgos e desrespeitava o arcebispo. A elevação do imposto do real de água e a sua generalização a todo o Reino de Portugal, bem como o aumento das antigas sisas, fez subir a indignação geral, explodindo em protestos e violências. O contágio do seu exemplo atingiu quase de imediato Sousel e Crato; depois, as revoltas propagaram-se a Santarém, Tancos, Abrantes, Vila Viçosa, Porto, Viana do Castelo, a várias vilas do Algarve, a Bragança e à Beira.

Em 7 de Junho de 1640 surgia também a revolta na Catalunha contra o centralismo do Conde-Duque de Olivares. O próprio Filipe IV manda apresentar-se em Madrid o duque de Bragança, para o acompanhar à Catalunha e cooperar no movimento de repressão a que ia proceder. O duque de Bragança recusou-se a obedecer a Filipe IV. Muitos nobres portugueses receberam semelhante convocatória, recusando-se também a obedecer a Madrid.

Sob o poder de Filipe III, o desrespeito pelo juramento de Tomar (1581) tinha-se tornado insuportável: nomeados nobres espanhóis para lugares de chefia militar em Portugal; feito o arrolamento militar para guerra da Catalunha; lançados novos impostos sem a autorização das Cortes. Isto enquanto a população empobrecia; os burgueses estavam afectados nos seus interesses comerciais; e o Império Português era ameaçado por ingleses e holandeses perante a impotência ou desinteresse da coroa filipina.

Portugal achava-se envolvido nas controvérsias europeias que a coroa filipina estava a atravessar, com muitos riscos para a manutenção dos territórios coloniais, com grandes perdas para os ingleses e, principalmente, para os holandeses em África (São Jorge da Mina, 1637), no Oriente (Ormuz, em 1622 e o Japão, em 1639) e fundamentalmente no Brasil (Salvador, Bahia, em 1624; Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Sergipe desde 1630).

Em 12 de Outubro, em casa de D. Antão de Almada, reuniram-se D. Miguel de Almeida, Francisco de Melo e seu irmão Jorge de Melo, Pedro de Mendonça Furtado, António de Saldanha e João Pinto Ribeiro. Decidiu-se então ir chamar o Duque de Bragança a Vila Viçosa para que este assumisse o seu dever de defesa da autonomia portuguesa, assumindo o Ceptro e a Coroa de Portugal.

No dia 1 de Dezembro de 1640, eclodiu por fim em Lisboa a revolta, imediatamente apoiada por muitas comunidades urbanas e concelhos rurais de todo o país, levando à instauração da Casa de Bragança no trono de Portugal.

 

publicado por musicacomacento às 11:02
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